terça-feira, 11 de maio de 2010

Vida Maria




Este curta é emocionante e reflexivo, mostra a realidade social de muitas pessoas que vivem no campo e não tem nenhuma perspectiva de vida. me lembra muito a minha professora Mary Arapiraca, ela nos apresentou este vídeo na sala de aula e começou a chorar, uma pessoa extremamente sensível, por incrível que pareca ela costuma dizer que todas as vezes que o assisti chora...
Márcio realmente está de parabéns, e como foi colocado por ele deve ter sido realmente muito edificante a sua construção.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Guia teórico do alfabetizador . (Miriam Lemle)

Miriam Lemle é professora de linguística da universidade Federal do Rio de Janeiro e em seu livro guia teórico do alfabetizador ela traça dentre outras coisas as capacidades necessárias para a alfabetização. Segundo ela a primeira coisa que a criança deve entender é a idéia de simbólo, pois quando ela não consegue compreender o que é uma relação simbólica entre dois objetos ela não consegue aprender a ler e para esta criança se apropriar deste saber o educador pode trazer para a escola exemplos de simbólos como : escudos de países, sinais de trânsito, gestos da língua de sinais, manuais de surdos-mudos, simbólos religiosos e etc.
A segunda coisa que a criança deve saber é discriminar as formas das letras e isto pode ser trabalhado em sala através de exércicios de desenho de pequenas formas: círculos, traços, cruzes, quadrados, ângulos, curvas e etc.
O terceiro é a discriminação dos sons da fala que pode ser trabalhado apartir de listas de palavras que começam com o mesmo som, de palavras que rimam, rimas perfeitas e rimas imperfeitas, de canções que apresentam repetições de sílabas e até mesmo imitar sotaques.
O quarto é a consciência da unidade da palavra. Assim, dizer o nome dos objetos que estão à vista, aprender palavras novas como: partes do corpo, termos de parentesco, profissões, bichos, plantas, frutas etc. pode ajudar bastante, assim como localizar a mesma palavra colocada em duas posicões diferentes, em duas sentenças diferentes e até mesmo contar palavras.
O quinto é a organização da página escrita, brincar de ler, colocar pequenos textos na pedra, memorizá-las e recitá-las, apontando para as palavras correspondentes à medida que a recitação vai prosseguindo também pode trazer muitos benefícios. os textos podem ser escritos pelos próprios alunos ou podem ser escolhidos textos familiares na cultura local como provérbios, ditados, refrãos, tudo isto fará com que a leitura seja sentida como algo normal da vida da criança.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

"Cara, eu botei lá a parada você não está me prejudicando, você está me ajudando, bota lá, baixa a parada."

O texto de BNegão é muito descontraido, muito interessante e informal, ele conta toda a sua trajetória como músico no inicio de carreira, sem gravadora toda a base de duvulgação do seu trabalho foi através da internet.
BNegão desmistifica através do seu texto a questão da pirataria, deixando claro que a "ilegalidade" da pirataria é um discurso da gravadora introjetado nas pessoas, sendo que, este discurso ideológico que é baseado em interesses mercadológicos apenas cria um sentimento de desconforto em algumas pessoas que pensam que se fizerem cópia de alguma obra estão cometendo crime, porém a cultura é um patrimônio da humanidade e precisa ser acessível a todos. É preciso haver incentivo a esta cultura, se estas obras fossem vendidas a preços populacionais todos sairiam ganhando e as pessoas não precisariam fazer cópias. Assim, este discurso das gravadoras precisa ser engavetado porque os direitos autorais e o incentivo a cultura não podem caminhar em sentidos opostos.

Cultura e natureza: o que o software tem a ver com os transgênicos? Marijane Vieira Lisboa.

Marijane traça um paralelo muito interessante entre agricultura e softwares porque, segundo ela, em ambos o adjetivo livre significa a mesma coisa, ou seja, não é de hoje que o capitalismo tenta se apropriar das práticas agricolas assim como já foi feito com os softwares proprietários, que não deixade ser conhecimento produzido coletivamente que passa a ser utilizado em proveito de umas poucas empresas, com prejuizos para o conjunto da sociedade.
Assim, Marijane defende através do seu texto uma cultura livre de transgênicos e livre de software proprietário. Pois, tanto em um quanto em outro há caracteristicas muito fortes do neoliberalismo, que tenta se apropriar de tudo aquilo que até recentemente era considerado como bem público. Privatizando, criando patentes e transformando conhecimentos em mercadoria.
Marijane ratifica que esta mercantilização do conhecimento járepercute também no ambiente acadêmico, pois presos a contratos de sigilo com os grandes laboratórios e empresas os cientistas já não podem mais partilhar os resultados das suas pesquisas, seus colegas já não são mais colegas e sim concorrentes.
Diante desta mercantilização e de toda esta busca incessante pelo lucro algo muito impostante é deixado de lado, que é a questão da segurança, o principio da precaução, a ética da responsabilidade que Marijane enfatiza bastante em seu texto. Até porque os riscos que os transgênicos podem acarretar a longo prazo a biodiversiade agricola, a segurança alimentar e aos ecossistemas podem ser incomensuráveis, então os transgênicos devem ser testados de formamais responsável e por um periodo mais longo para que a sociedade não sofra mais tarde as consequências de tais excessos da politica neoliberal.

terça-feira, 30 de março de 2010

comentário sobre o texto de Maria Helena Bonilla e o vídeo.

O texto de Bonilla e o vídeo apresentado em sala de aula mostram que a sociedade está passando por diversasmudanças em sua estrutura. Sendo que, estas transformações acontecem de forma mais célere que no passado, através do processo de globalização, que traz muitas contradições e desigualdades, mas também muitos benefícios como a mundialização da informação, a diversificação cultural e também coloca em "cheque" a questão das nossas verdades absolutas.
Como foi mostrado no vídeo a questão da tolerância está estritamente ligada a estas verdades, pois existem diferenças religiosas, culturais, politicas e tantas outras que precisam ser respeitadas e isto pode ser feito através do exércicio da alteridade.
Diante deste novo contexto a educação desempenha um papel importantíssimo, pois o novo modelo de escola deve abranger toda a complexidade do mundo atual, com as suas tecnológias e com sua nova forma de construir subjetividades.
Porém Bonilla deixa claro que nãoé somente a escola que deve ser transformada, porque ela faz parte de um contexto muito maior, assim é preciso sair do casulo para perceber as mudanças que estão ocorrendo no mundo, dentro e fora da escola para apreender as novas noções de ordem, como foi dito no vídeo ser culto é ir em busca da diferença.

quarta-feira, 24 de março de 2010

História de uma gata

CHICO BUARQUE

Jumento: Querem saber? Me sinto melhor agora que somos três.

Gata: Quatro!

Cachorro: Que? Quem está aí?

Gata: Sou eu, estou aqui na árvore, miau, eu sou uma gatinha.

Cachorro:Au au

Gata: ui ai

Jumento: Para, cachorro. 1ª lição do dia, o melhor amigo do bicho é o bicho. E você gata desce da arvore.

Gata: Depende do programa.

Galinha: Nós vamos à cidade, vamos fazer um cocococonjunto você também sabe cantar a sim, infelizmente...

Todos(menos a gata): Infelizmente? ? ?

Gata: Porque fazer um som não foi nada jóia pra mim.

Jumento: Perdão como disse?

Gata: Porque cantar um musica me custou muitíssimo, miau.

Todos(menos gata): Conta.


Me alimentaram
Me acariciaram
Me aliciaram
Me acostumaram

O meu mundo era o apartamento
Detefon, almofada e trato
Todo dia filé-mignon
Ou mesmo um bom filé...de gato
Me diziam, todo momento
Fique em casa, não tome vento
Mas é duro ficar na sua
Quando à luz da lua
Tantos gatos pela rua
Toda a noite vão cantando assim


Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás


De manhã eu voltei pra casa
Fui barrada na portaria
Sem filé e sem almofada
Por causa da cantoria
Mas agora o meu dia-a-dia
É no meio da gataria
Pela rua virando lata
Eu sou mais eu, mais gata
Numa louca serenata
Que de noite sai cantando assim


Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás


Chico é realmente um gênio, em uma música "feita para criança", aparentemente inocente, ele consegue fazer duras crítica a ditadura militar.
só não vê quem não quer que os “animais” são o povo oprimido pela ditadura, principalmente os perseguidos: os estudantes, os intelectuais, os artistas e até os trabalhadores que foram tratados como “bestas”, mesmo, pelo ultrajante e repugnante sistema imposto pelos militares.
Realmente fantástico todo o Cd os saltibancos, pois todas as músicas tem sentido duplo e todas resumem a ditadura de maneira fantástica.



quarta-feira, 17 de março de 2010

"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música
não começaria com partituras, notas e pautas.
Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria
sobre os instrumentos que fazem a música.
Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria
que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.
Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas
para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes".

Rubem Alves