quinta-feira, 22 de abril de 2010

Cultura e natureza: o que o software tem a ver com os transgênicos? Marijane Vieira Lisboa.

Marijane traça um paralelo muito interessante entre agricultura e softwares porque, segundo ela, em ambos o adjetivo livre significa a mesma coisa, ou seja, não é de hoje que o capitalismo tenta se apropriar das práticas agricolas assim como já foi feito com os softwares proprietários, que não deixade ser conhecimento produzido coletivamente que passa a ser utilizado em proveito de umas poucas empresas, com prejuizos para o conjunto da sociedade.
Assim, Marijane defende através do seu texto uma cultura livre de transgênicos e livre de software proprietário. Pois, tanto em um quanto em outro há caracteristicas muito fortes do neoliberalismo, que tenta se apropriar de tudo aquilo que até recentemente era considerado como bem público. Privatizando, criando patentes e transformando conhecimentos em mercadoria.
Marijane ratifica que esta mercantilização do conhecimento járepercute também no ambiente acadêmico, pois presos a contratos de sigilo com os grandes laboratórios e empresas os cientistas já não podem mais partilhar os resultados das suas pesquisas, seus colegas já não são mais colegas e sim concorrentes.
Diante desta mercantilização e de toda esta busca incessante pelo lucro algo muito impostante é deixado de lado, que é a questão da segurança, o principio da precaução, a ética da responsabilidade que Marijane enfatiza bastante em seu texto. Até porque os riscos que os transgênicos podem acarretar a longo prazo a biodiversiade agricola, a segurança alimentar e aos ecossistemas podem ser incomensuráveis, então os transgênicos devem ser testados de formamais responsável e por um periodo mais longo para que a sociedade não sofra mais tarde as consequências de tais excessos da politica neoliberal.

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